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SOBRE A PARÓQUIA

IGREJA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

 

1ª Parte - Antecedentes Históricos – (1926 a 1940)

 

!926 – Fundação da Guarda de Honra de Santa Teresinha

Em 27 de setembro de 1926, na Paróquia de São João Batista da Lagoa, Dom Sebastião Leme, Arcebispo Coadjutor do Rio de Janeiro, abençoa um grupo de senhoras da nossa sociedade, tendo à frente Dona Cândida Viana, fundando uma Associação com o título de “Guarda de Honra de Santa Teresinha”, com a finalidade de agradecer à jovem carmelita, graças extraordinárias recebidas por sua intercessão. Os estatutos foram posteriormente aprovados.

 

Com a devida licença do Vigário Solano Dantas, foi erigido na matriz de São João Batista, um altar dedicado à Santa Teresinha, na nave lateral, junto à Capela do Santíssimo  Sacramento, onde no dia 30 de cada mês era rezada missa com a assistência de todas as associadas da Guarda de Honra.

 

1927 – Voto de Dom Sebastião Leme

Por ocasião de uma melindrosa cirurgia feita na Suiça, e da qual saiu completamente restabelecido, graças à Santa Teresinha de quem era devotíssimo e a quem ele próprio atribuiu o fato, como graça extraordinária; o então Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese do Rio do Janeiro, Dom Sebastião Leme, fez voto de criar uma Paróquia nesta Arquidiocese, tendo como titular Santa Teresinha do Menino Jesus.

 

De volta da Suíça, ao passar por Lisieux, em visita à irmã da Santa, então Superiora do Carmelo, mostrando-lhe o mapa da cidade do Rio de Janeiro, pediu-lhe que assinalasse o local onde gostaria que fosse construída a Matriz de sua Santa irmã. Sóror Inês de Jesus escolheu o bairro de Botafogo, próximo do Leme, onde, de fato foi construída a Igreja Matriz.

 

1928 – Designação do Cônego Alcidino Pereira

De volta ao Brasil, Dom Sebastião Leme confiou ao Vigário da Matriz de São João Batista, Cônego Alcidino Pereira e à Guarda de Honra de Santa Teresinha, a missão da compra de um terreno no local indicado pela irmã de Santa Teresinha para a construção da futura Matriz.

 

1930 – Compra do 1º lote do terreno

No dia 26 de abril de 1930, foi efetivada a compra do 1º lote de terreno e lavrada a escritura de compra pela Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro e de venda pela  Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - 4º Ofício de  Notas, livro 523, folhas 156.

 

1931 – 17 de maio – Bênção da Pedra Fundamental

De regresso de Roma onde fora receber de Sua Santidade, o Papa Pio XI, que o criara Cardeal, o Barrete Vermelho, Dom Sebastião Leme, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, promove o início das obras da futura Igreja.

 

No dia 17 de maio de 1931, benzia a Pedra fundamental da nova Matriz, durante a celebração de uma Missa Campal, diante de uma imagem da Santa Padroeira, ainda hoje existente na pedreira ao lado da atual porta de entrada da casa paroquial.

 

 

1932 – Designação do Cônego Leovigildo Franca

Por motivo de doença do Cônego Alcidino Pereira, designado em 1928, responsável pela construção da Igreja, o Senhor Cardeal nomeia o Cônego Leovigildo Franca, Vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, encarregado da construção da futura Matriz, dando-lhe posse no Palácio de S. Joaquim durante uma reunião d Guarda de Honra de Santa Teresinha.

 

1933 – Patrimônio da futura Matriz

Percebendo o Côn. Franca que o terreno adquirido era pequeno para a construção de tão importante Matriz, resolveu com a aprovação do Sr. Cardeal, aplicar o dinheiro, já adquirido em Campanhas Financeiras, na compra de um terreno.

Assim, em 9 de outubro de 1933, para patrimônio da futura Matriz, recebe a Mitra Arquiepiscopal um terreno à Estrada da Gávea nº 122, anteriormente desmembrado da propriedade denominada Rocinha.

 

1933 – Capela Provisória

No terreno já adquirido foi construída uma pequena capela provisória, com telhado de zinco, onde no dia 30 de cada mês, o Cônego Franca celebrava missa e presidia a reunião da Guarda de Honra que passou a ter aí sua sede.

 

1933 – Início das Obras – Missa Campal

No dia 30 de maio de 1933, Dom Sebastião Leme celebrou Missa Campal no local do terreno onde seria construída a Igreja Matriz. Após a Missa o Sr. Cardeal abençoou o início das obras.

 

1933 – Arquiteto e Construtores

A fim de atender o desejo do Sr. Cardeal de que toda a obra da Igreja fosse confiada a arquitetos e construtores brasileiros, por indicação do próprio Sr. Cardeal, foi convidado para Arquiteto e Fiscal das Obras o Professor Archimedes Memória, então Diretor da Escola Nacional de Belas Artes, que fez a indicação, aceita pela Comissão de Obras, da Firma Construtora Penna e Franca.

 

1934 – Compra do 2º lote de terreno

No dia 12 de janeiro de 1934, lavrava-se a escritura de compra do 2º lote de terreno, que unido ao primeiro, media 50m de frente, comportando assim a execução do grandioso projeto do Professor Memória.

A Escritura de compra e venda entre a Santa Casa da Misericórdia, como vendedora, e a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, como compradora, foi lavrada no 4º Ofício de Notas, Livro 544, Folhas 98 verso.

 

1935 – Consagração do Altar da Cripta

Em princípio de 1935, a Capela da Cripta, construída no piso térreo da Igreja, era franqueada ao público, e no dia 14 de junho deste mesmo ano, Dom Benedito Alves de Souza, consagrava o altar da cripta, onde se gravou a seguinte inscrição:

 

Die XIV Junir 1935

Dominus Benedictus, Episcopus Orizensis

Altares ho’c Consecravit

Et Reliquias SS. M.M. Gregorii et Tecelae

In eo reclusit

 

As relíquias dos Santos Mártires do Sepulcro do Altar são de São Teófilo (3 de novembro); Santa Felicidade (7 de março) e Santa Tecla (3 de novembro)

 

A partir de então tiveram início os serviços dominicais com duas missas e o catecismo das crianças à tarde, sendo encarregado por esses serviços o Padre Humberto Cruz, coadjutor

da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus.

 

1936 – Primeira Missa na Nave da Igreja

Em 5 de julho de 1936, vencida a primeira etapa com a inauguração da Cripta, o Sr. Cardeal Dom Sebastião Leme celebrava a Primeira Missa na Nave Principal da Igreja, ainda em construção, em Altar provisório armado para este fim.

 

1936 – Inauguração da Capela Mortuária

Em 1936, foi também inaugurada a Capela Mortuária, com a consagração de seu Altar, feita por Dom Benedito Alves de Souza, contendo as relíquias dos Santos Mártires Aurélio (2 de dezembro); Felicidade (7 de março) e Teófilo (3 de novembro).

 

Ao centro da capela achava-se armada Eça, destinada a receber os corpos dos fiéis defuntos que ali aguardariam as últimas cerimônias da Liturgia dos Mortos. Na década de 90, foi retirada por não ser mais utilizada, uma vez que as cerimônias fúnebres passaram a ser feitas nas capelas construídas nos cemitérios.

 

Uma de suas paredes contém quarenta lóculos, onde são depositados os restos mortais dos párocos, sacerdotes e mesmo fiéis benfeitores.

 

1937 – Imagem do Sagrado Coração de Jesus

Em 1937, os restos mortais do Cônego Alcidino Pereira, Pároco da Igreja de São João Batista da Lagoa, e primeiro responsável pela construção da Igreja de Santa Teresinha, foi transladado para a Capela Mortuária. Sobre o seu túmulo no cemitério de São João Batista, havia uma linda estátua de mármore branco do Sagrado Coração de Jesus que foi doada à futura Matriz de Santa Teresinha e se acha, atualmente, exposta à devoção dos fiéis na Cripta

 

1938 – Padres Antonio da Silveira Pithon e Jorge da Silva Porto

Com a saída do Padre Humberto Cruz, nomeado Vigário da Paróquia Anchieta, foram designados para substituí-lo na direção dos serviços religiosos os Padres Antonio da Silveira Pithon e Jorge da Silva Porto, ex Diretor do Seminário Arquidiocesano São José.

 

1938 – Salas de Reuniões Paroquiais

No mesmo plano da Cripta, foram inauguradas quatro salas, destinadas a: reuniões das Associações Paroquiais; Cafés aos domingos; Festas e Solenidades. Foram, posteriormente, designadas com os seguintes nomes: Salão Pio XII; Sala Dom Jaime; Sala São José; Sala Nossa Senhora de Guadalupe.

 

1938 – Inauguração da Casa Paroquial

As obras continuavam em ritmo acelerado, e ao mesmo tempo que se cobria a Igreja com telhas de Eternit de procedência holandesa, inaugurava-se a Casa Paroquial situada ao lado da Matriz em direção ao túnel. Instalações amplas e confortáveis, capazes de abrigar sob seu teto quatro ou cinco sacerdotes do Clero Paroquial. Passaram a residir nela os padres Antônio Pithon e Jorge da Silva Porto.

 

 

1938 – Decreto de Ereção da Paróquia

No dia 8 de dezembro de 1938, Festa da Imaculada Conceição de Maria, foi assinado por Dom Sebastião Leme o Decreto de Ereção da Paróquia de Santa Teresinha que, no entanto só veio a ser promulgado a 20 de março de 1940.

 

1939 – Sinos da Igreja

Para o carrilhão da Torre da Igreja Matriz de Santa Teresinha foram encomendados sete Sinos na Dinamarca da Firma “De Smithske”, dos quais apenas um foi comprado e chegou ao Brasil em 1939; os restantes não chegaram devido à guerra que se desencadeou na Europa em setembro. Em consequência ficou anulado o contrato com a firma vendedora.

 

1939 – Ostensórios e Paramentos da Igreja

Chegaram de Paris ricos Paramentos em cor branca para as Missas Solenes compreendendo Casula, Dalmática e Túnica.

 

Junto com os paramentos, chegaram também dois belíssimos Ostensórios para a Bênção do Santíssimo, ambos em prata dourada, e um deles com colunas de marfim.

 

1940 – Primeiro Pároco da Matriz de Santa Teresinha

 Em 7 de março de 1940, inicia-se, propriamente, a vida paroquial da Matriz de Santa Teresinha com a provisão de seu primeiro Pároco, dada pelo Sr. Cardeal, a Monsenhor Dr. Leovigildo José da Silveira Franca que tomou posse como Vigário Encomendado no dia 24 do mesmo mês, Domingo de Páscoa.

                                                                                             

1940 – Bênção e inauguração do Batistério

A 17 de maio de 1940, inaugurou-se o Batistério da Matriz. Uma obra de arte, quer pelas suas linhas arquitetônicas, quer pela sua execução em ricos e preciosos mármores.

Foi benzido por Dom Benedito Alves de Souza e teve como benfeitor, doador na quase totalidade das despesas, Sr. Alberto Alves. Como homenagem de gratidão foi colocado, numa das paredes de mármore a seguinte inscrição : “Homenagem de gratidão a Alberto Alves, doador deste Batistério - 17 de maio de 1940”.

 

Neste mesmo dia, O Sr. Alberto Alves e Senhora foram padrinhos da primeira criança, nascida na véspera, renascida das Águas deste Batistério, que tomou o nome de Teresinha.

 

 

1940 – Bênção dos Sinos

 

Ainda a 17 de maio de 1940, Dom Benedito Alves de Souza procedeu a Bênção do primeiro sino da Matriz, vindo da Dinamarca, e que em seguida foi colocado na Torre da Matriz.

 

 

 

 

Relíquias da Matriz

 

Possui a Matriz de Santa Teresinha duas preciosas relíquias “Ex ossibus” de Santa Teresinha: uma delas foi colocada no Relicário fixo da Cripta, onde se acha a estátua jacente da Santa, para que ficasse permanente exposta a adoração dos fiéis, mas infelizmente, hoje, já não existe por ter sido roubada ; a outra, reservada para a cerimônia do ósculo na Festa da Padroeira.

 

Ambas foram doadas a Dom Sebastião Leme pela irmã de Santa Teresinha, Soror Agnes de Jesus, Priora do Carmelo de Lisieux, e oferecidas por ele a esta Matriz.

 

Possui também uma relíquia “Ex Carne” de São João Batista Maria Vianney, o Cura D’Ars, Padroeiro dos Padres, com a respectiva autêntica do Bispo de Belley, Dom Adolfo Mannier, oferecida a matriz pelo Padre Antônio Pithon.

 

Catecismo Paroquial

 

Um dos primeiros cuidados pastorais do Pároco neste primeiro ano de atividades pastorais, foi a organização do Catecismo para as crianças. Foi designado Diretor do Catecismo Paroquial o Padre Jorge Porto e convidadas para catequistas moças da paróquia e irmãs de caridade do Recolhimento Santa Teresa.

 

Em 7 de março de 1940, inicia-se, propriamente, a vida paroquial da Matriz de Santa Teresinha com a provisão de seu primeiro Pároco, dada pelo Sr. Cardeal, a Monsenhor Dr. Leovigildo José da Silveira Franca que tomou posse como Vigário Encomendado no dia 24 do mesmo mês, Domingo de Páscoa.

 

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